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domingo, 20 de janeiro de 2013

Dotcom estreia portal de armazenamento, 1 ano após sua detenção

O fundador
do Megaupload, Kim Dotcom, estreou neste
domingo seu portal de armazenamento Mega,
ao completar um ano de sua detenção na Nova
Zelândia, acusado de pirataria informática
pelas autoridades dos Estados Unidos.
A entrada em serviço do Mega, disse Dotcom à
imprensa local, não teria sido possível sem o
fechamento do Megaupload porque "ninguém
que esteja neste momento no negócio do
armazenamento de arquivos pode atualizar seu
portal e ser como nós".
Algumas horas depois do lançamento oficial do
Mega, Dotcom disse por meio de sua conta no
Twitter que no portal tinham sido registrados
cerca de 250 mil usuários, apesar de o acesso
ser difícil, aparentemente, devido ao notável
tráfego.
"Duzentos e cinquenta mil usuários
registrados. O servidor está em sua capacidade
de carga máxima. Melhorará quando se
acalmar esse entusiasmo inicial", comentou
Dotcom, explicando que sua equipe estava
tentando melhorar o acesso.
O Mega oferece a seus novos usuários 50
gigabytes (GB) de armazenamento gratuito,
serviços de e-mail e de nome de domínios,
acesso através do celular e mensagem
instantânea.
Além da afiliação gratuita, o Mega oferece três
serviços de armazenamento de entre 400 GB a
8 Terabytes (TB), com preços que vão de 19,99
a 29,99 euros mensais (US$ 26,63 a US$
39,95).
O novo portal da Dotcom se caracteriza por
contar com um sistema sofisticado para
encriptar os arquivos, graças ao qual conta
com vários servidores em diversos países.
Para isso, o portal de Dotcom se associou às
empresas EuroDNS, com sede em Luxemburgo;
a neozelandesa Digiweb e Instra, com
escritórios em Auckland e Melbourne, para
"assegurar a troca de arquivos encriptados em
uma nuvem de armazenamento (virtual)",
segundo um comunicado de imprensa
divulgado pelo Mega.
Os operadores do Mega não terão acesso ao
material dos usuários, previnindo assim que
sejam novamente responsabilizados por
supostos delitos contra os direitos autorais de
propriedade intelectual, segundo informou a
televisão estatal neozelandesa.
O portal entrou em serviço às 6h48 (horário
local, 15h48 do sábado em Brasília), momento
no qual se completava um ano desde que as
forças de segurança zelandesas entraram na
luxuosa mansão de Dotcom, nos arredores de
Auckland, para detê-lo em resposta a um
requerimento do FBI.
Nessa operação Dotcom e três sócios foram
detidos, os EUA fecharam o Megaupload, e
foram confiscados os bens, contas correntes
do empresário alemão residente na Nova
Zelândia, e foram feitas outras detenções na
Europa.
Atualmente Dotcom e seus três sócios, em
liberdade condicional na Nova Zelândia,
aguardam o início do processo de extradição
solicitado pelos EUA, que foi adiado até agosto
próximo.
Os EUA acusam o Megaupload de ter causado
mais de US$ 500 milhões em perdas à
indústria do cinema e da música ao transgredir
os direitos autorais de propriedade intelectual
e obter com isso lucros de US$ 175 milhões.
Dotcom, que completa na segunda-feira 39
anos, disse que seu principal temor é que se
ele e seus advogados conseguirem ganhar o
processo, as autoridades americanas
"procurem algo mais (contra ele)".
O empresário alemão reiterou em entrevista
coletiva que é alvo de uma perseguição e
antecipou que desenvolve o projeto de
lançamento do Megakey, produto com o qual
pretende revolucionar a publicidade pela
internet.

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