A empresa que detém o domínio “ebola.com” aproveita a epidemia da doença na África e o surgimento de casos em outros lugares no mundo para vender o endereço do site por US$ 150 mil (R$ 360 mil), de acordo com a rede deTV CNBC.
A pior epidemia de ebola já registrada vitimizou 4.447 pessoas nesta semana, de acordo com balanço divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira (14). Ao todo, foram registrados 8.914 casos da infecção, mas devem chegar a 9 mil ainda nesta semana, segundo Bruce Aylward, diretor-geral adjunto da OMS.“Nós tivermos muitas perguntas sobre esse domínio ao longo dos anos”, afirmou John Schultz, presidente da Blue String Ventures, empresa sediada em Nevada (EUA) proprietária do “Ebola.com”, por e-mail à CNBC. Atualmente, a página possui algumas informações sobre a doença, um link para a ONG Médicos sem Fronteiras e outros links para livros e DVDs a respeito da enfermidade.
Segundo a reportagem, é comum que empresas farmacêuticas e fabricantes de cosméticos registrem domínios com o nome de doenças. A Johnson & Johnson detém o “cancer.com” e o “obesity.com”; a GlaxoSmithKline é dona do “diabetes.com”; e a Pfizer tem o “arthitis.com”.Mas, para Schultz, não só indústrias desses ramos poderiam se interessar pelo domínio.
“’Ebola.com’ poderia ser um bom domínio para uma companhia farmacêutica trabalhando em uma vacina ou uma cura, uma companhia vendendo suprimentos para um desastre ou uma pandemia, ou uma companhia médica que queira fornecer serviço de informações ou de propaganda”, descreve. Ele comprou o endereço em 2008.Os interessados, porém, terão de desembolsar US$ 150 mil, preço que, segundo Schultz, “está sujeito a mudanças conforme a situação evolua”. Ele não acredita que seja um valor exorbitante.“US$ 150 não é uma tremenda quantia por um domínio premium. O fato é que notícias top o tornam razoável, em nossa opinião, tanto quanto muitos domínios vendidos por sete dígitos. Apenas neste ano ‘whisky.com’ foi vendido por US$ 3,1 milhões e ‘mi.com’, vendido por US$ 3,6 milhões”, justificou.Se o negócio virar, a Blue String Ventures já possui outros domínios à espera de comprador, como “birdflu.com”, “potassiumiodide.com” e “greencoffeeextract.com”. Segundo Schultz, a estratégia da empresa é comprar “domínios genéricos que nós acreditamos que podem ser desenvolvidos ou revendidos mais tarde com lucro”.
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