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segunda-feira, 20 de maio de 2013

YouTube inaugura serviço de vídeos por assinatura

O YouTube está ficando
cada vez mais próximo de uma TV à la carte.
Na semana passada, o site de vídeos do Google
anunciou a oferta de canais pagos que podem
ser assinados a partir de US$ 0,99. Nesta
primeira fase, considerada pelo Google como
piloto, o serviço encontra-se disponível em
dez países, entre eles o Brasil. Mas ainda não
há conteúdo nacional para comprar.
Por enquanto, 53 canais pagos - não muito
famosos - aparecem no site para o usuário
brasileiro. Os mais conhecidos, até o
momento, parecem ser o UFC, que traz vídeos
de lutas clássicas, e o National Geographic
Kids, de programação infantil (que custa R$
7,90 por mês ou R$ 59,90 por ano). O UFC, na
semana passada, era exibido como
"indisponível".
"Este é só o começo", diz o blog do YouTube.
"Nas próximas semanas, vamos oferecer a
ferramenta paga mais amplamente para outros
parceiros que se qualificam no projeto. E, à
medida que novos canais aparecerem, vamos
nos certificar que você possa descobri-los."
O lançamento de canais pagos no YouTube
ocorre num momento em que o consumo de
conteúdo sob demanda pela internet está em
alta. Vender a conveniência de assistir ao que
quiser e quando quiser tem se mostrado um
negócio bem-sucedido para empresas como
Netflix, Hulu e Amazon. Especialmente no
Brasil, o cenário parece promissor.
O avanço da Netflix, que chegou ao País em
setembro de 2011, dá a dimensão desse
fenômeno. O número de brasileiros que
acessaram o site da companhia por aqui saltou
de 2,8 milhões para 3,8 milhões entre
fevereiro e março deste ano, segundo a
empresa de pesquisa comScore. E, numa
demonstração de que está disposta a investir
pesado no Brasil, a Netflix chegou a figurar no
primeiro lugar do ranking de empresas que
mais anunciam online, à frente de grandes
varejistas.
ESCOLHA
Esse apetite pela liberdade de escolha do
conteúdo a ser visto, somado à audiência
gigantesca do YouTube, faz dos canais pagos
do site do Google uma estratégia interessante.
Na avaliação da revista "Wired", trata-se de
um passo sólido, mesmo que a venda de
espaço publicitário continue a ser a principal
fonte de receita do site. "Isso (canais pagos)
ajuda o YouTube a se promover como uma
plataforma completa de entrega de conteúdo,
dando aos produtores ainda uma outra forma
de ganhar dinheiro lá", diz a revista.
Atualmente, 1 milhão de canais do site geram
receita com a visualização dos vídeos. Eles
recebem, em geral, 55% do valor arrecadado
pelo site com os comerciais veiculados nos
filmes (aqueles que podem ser pulados em
cinco segundos).
Apesar de ainda não haver nenhuma produção
voltada especialmente para o público brasileiro
entre os canais pagos, a expectativa é a de que
conteúdos nacionais não demorem a aparecer
por lá, se considerada a força que o YouTube
tem no País. Somente em março deste ano, 58
milhões de brasileiros assistiram a 5,9 bilhões
de vídeos, segundo o serviço Videometrix, da
comScore, que mensura o consumo de vídeos
na web. Isso significa que 80% da população
brasileira que tem acesso à internet consumiu
vídeos no site do Google.
"Estamos falando de uma grande audiência que
gosta de consumir vídeos; e o Google
apresenta mais uma opção tanto para
consumidores quanto para produtores", diz o
diretor geral da comScore no Brasil, Alex
Banks. O executivo observa que, à medida que
a oferta de serviços desse tipo crescem junto
com a demanda, haverá mais espaço para
publicidade e, por essa razão, mais acessível se
torna o produto para o bolso do consumidor.
INCÔMODO
O consumo de vídeos sob demanda tem sido
apontado por muitos como o fator responsável
pela crescente queda de assinantes de TV a
cabo nos Estados Unidos. Esse cenário ficou
ainda mais evidente quando a Netflix e a
Amazon anunciaram séries feitas especialmente
para seus respectivos sites. O drama de US$
100 milhões "House of Cards", da Netflix, pôs
no ar, de uma vez, todos os 13 episódios de
uma temporada só. Foi considerado uma
inovação diante da produção televisiva
tradicional. A audiência, segundo blogs
especializados, rivaliza com grandes produções
feitas para canais premium na TV a cabo.
Prova de que o cardápio inteiro à disposição
do usuário satisfaz.

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