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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Raspberry Pi – o computador que custa 25 dólares A Campus Party traz para o Brasil Pete Lomas, um dos criadores do aparelho que promete ensinar programação para jovens

O Raspberry Pi, lançado no final de 2011, tem
muitos títulos impressionantes. É considerado
o ‘menor computador pessoal do mundo’, com
o tamanho de um cartão de crédito e também
o mais barato: custa 25 dólares. Para o seu
tamanho e seu preço, tem uma capacidade
impressionante – roda vídeos em HD, editores
de texto e jogos. No final de 2012, seus
usuários até ganharam uma loja de aplicativos
na qual é possível baixar apps e colocar
programas desenvolvidos por eles à disposição.
O objetivo do aparelho é ensinar, de forma
barata e prática, programação para crianças.
E, nesta sexta-feira, dia 1 de fevereiro, durante
a Campus Party, o criador do hardware do
Raspberry Pi e co-fundador da Raspberry Pi
Foundation, Pete Lomas, contou como foi o
processo de desenvolvimento desse aparelho.
De acordo com ele, tudo começou quando a
equipe de engenheiros e professores por trás
do Raspberry Pi perceberam que os jovens não
hackeavam mais seus aparelhos – em outras
palavras, não desmontavam e remontavam
hardware e nem melhoravam seu software. “O
que faz sentido, ninguém tem coragem de
remexer em um MacBook Pro, são aparelhos
muito caros. Mas e se entregássemos a eles um
computador barato, que tivesse componentes
aparentes, algo com cara de desmontável - o
que eles fariam?”, explica Lomas.
A configuração do RaspberryPi também é um
destaque - é simples fazer um reset e deixá-la
na sua forma original, fazendo com que seja
praticamente impossível perder completamente
o seu computador, por mais alterações de
software que o usuário faça. E conectá-lo com
outros aparelhos também é simples. Aliás,
alguns dos principais projetos educativos com
o computador envolvem unidades plugadas em
robôs, em telas e até em peças de Lego.
“Com essas características, o Pi se tornou uma
verdadeira mania entre as pessoas da área, não
só entre estudantes. Temos uma revista que
mostra o que pessoas comuns estão
desenvolvendo com ele, a MagPi, e vários
livros que ensinam professores a usar o
equipamento em sala de aula”, conta Lomas,
ao mostrar que, até hoje, já foram vendidas
750 mil unidades. Destas, 15 mil foram
compradas pelo Google e destinadas a escolas
públicas no Reino Unido.
“Vemos uma grande diferença no ensino
quando as crianças interagem com o Pi. O
professor e o adulto que a acompanham não
passam conhecimento para elas de forma
unilateral, despejando informações nelas, mas
elas passam a fazer perguntas sobre o
funcionamento das coisas, se tornam mais
curiosas”, explica o engenheiro que acredita
que, para que o objetivo do Raspberry Pi seja
cumprido, ele só precisa se tornar (ainda) mais
popular. Durante sua palestra, Lomas chamou
a atenção de investidores do Brasil, alertando
sobre a possibilidade de fazer projetos como o
realizado pelo Google.
Diante de tanto sucesso, será que um
Raspberry 2 estaria a caminho? “Não temos
previsão. Mas, com certeza, ele continuará
seguindo os mesmos princípios de liberdade
criativa. Quem tem o original poderia usar os
programas do 2, do 3. E que tal a própria
comunidade apaixonada por esse computador
ajudar no seu desenvolvimento?”, conclui
Lomas.

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