Published with Blogger-droid v2.0.6
Sites parceiros
domingo, 19 de agosto de 2012
Em 10 anos, Apple esteve presente em um terço de filmes que alcançaram o topo das bilheterias
A presença da Apple nos filmes de Hollywood é
algo tão comum como os finais felizes, uma
relação favorável especialmente para a empresa de
tecnologia, que não costuma pagar para expor
seus produtos na grande vitrine do cinema
mundial.
A maçã, que durante séculos simbolizou a fruta
proibida, agora se apresenta aos espectadores
como o logotipo da Apple, ao menos, nos recentes
filmes "Velozes e Furiosos 5", "Planeta dos
Macacos: A Origem", "Transformers: O Lado Oculto
da Lua" e "A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte
1", que lançará sua sequência em novembro.
Entre 2001 e 2011, a marca Apple esteve presente
em mais de um terço dos filmes que alcançaram o
primeiro lugar da bilheteria nos cinemas dos EUA,
segundo dados da empresa de marketing
Brandchannel, que informou que no ano de 2012
essa percentagem já é de 50%.
"Nenhuma companhia teve o alcance da Apple na
hora de expor seus produtos na tela", declarou à
Agência Efe o analista Abram Sauer, da
Brandchannel, instituição que há uma década
criou os "Brandcameo Product Placement Awards",
prêmios que a Apple passou a dominar nos
últimos anos.
No entanto, ao contrário do que se imagina, esse
vínculo entre Hollywood e Apple não é mantido
através de milionários contratos de publicidade,
mas em um sistema de distribuição eficaz que os
Mac e os iPhone oferecem às filmagens, além do
fato de que "muitos cineastas também são
admiradores desses produtos", disse Sauer.
No julgamento em que a Apple enfrenta a
Samsung por causa do design do iPhone, o
próprio chefe de Marketing da companhia, Phil
Schiller, admitiu que Hollywood sempre foi uma
meta.
"Queríamos ver nossos produtos usados por
estrelas nos filmes e nas séries de televisão", disse
Schiller, reconhecendo também que tinha pessoas
encarregadas capaz de facilitarem as condições
para que isso acontecesse.
Assim, os Macs se transformaram nos
computadores típicos dos personagens dos filmes,
embora na vida real sua fração de mercado seja
minoritária (15% nos EUA) frente à onipresença do
PC.
Só em "Missão Impossível 4", a Apple ficou
exposta mais de cinco minutos na tela, uma
publicidade que teria custado um investimento de
US$ 23,5 milhões à empresa californiana, segundo
a empresa Front Row Marketing Services.
O dado é ainda mais significativo se levar em conta
que a Samsung, uma das principais rivais da Apple,
foi a patrocinadora oficial desse filme. Apesar de
inusitado, esse fato não é único, já que algo
parecido ocorreu no filme "Millennium - Os
Homens que Não Amavam as Mulheres",
produzido pela Sony, cujo PC Vaio não brilhou
tanto como a maçã do Mac.
De acordo com Sauer, o segredo é que a Apple
conseguiu fazer com que seus dispositivos sejam
elementos capazes de definir "um estilo de vida",
alimentados pela expectativa que geram a cada
lançamento. "Isso que transforma a marca em um
objeto atraente para o cinema", definiu.
Hollywood também parece estar levando a Apple
para suas criações na televisão, bastando citar a
personagem Carrie Bradshow (Sarah Jessica
Parker) da série "Sex and the City", que vivia
teclando em seu Mac, que é o computador padrão
de "30 Rock" e também era em "West Wing: Nos
Bastidores do Poder".
"Modern Family" e "The Office" também fazem
parte do mundo Apple, que em 1998 já era
embalado pelo romance entre Meg Ryan e Tom
Hanks no filme "Mens@gem Pra Você".
"A aventura amorosa de Hollywood com a Apple
passou por duas épocas. A primeira foi com os
filmes dos anos 80, como "Short Circuit: O Incrível
Robô", e o Mac original. Depois, no final dos anos
1990, os iMacs começaram a aparecer muito. E esta
tendência acabou se repetindo com os finos
Macbook Pro prateados que enchem os filmes até
hoje", concluiu Sauer.
Os produtos Apple passarão de personagens
secundários ao protagonismo com os dois
projetos anunciados sobre a vida do co-fundador
da empresa Steve Jobs. O primeiro deles, "Jobs",
de caráter independente, chegará às telas antes do
final do ano com Ashton Kutcher no papel
principal.
O segundo será produzido pela Sony e está em
fase de desenvolvimento de roteiro, que será
assinado por ninguém menos que Aaron Sorkin, o
mesmo de "A Rede Social".
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário