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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Governador de MT manda polícia civil investigar denúncia de propina no VLT de Cuiabá

O governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), determinou na última terça-feira que um delegado da Polícia Civil do Estado seja designado pela Secretaria de Segurança Pública para apurar as denúncias feitas por um assessor especial de seu governo sobre suposta fraude e pagamento de propina em esquema envolvendo a licitação para construir o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) de Cuiabá, obra contratada por R$ 1,47 bilhão. Desde que a denúncia veio à tona, no último dia 17, o governador tem evitado a imprensa, e ainda não explicou os motivos da contratação do lobista Rowles Magalhães Pereira da Silva, oficializada em publicação no Diário Oficial assinada pelo próprio Silval Barbosa no dia 2 de abril deste ano. Na última sexta-feira (17), reportagem do UOL Esporte revelou que Rowles Magalhães Pereira da Silva, assessor especial do vice-governador de Mato Grosso, Francisco Daltro, sabia qual consórcio sairia vencedor da licitação do VLT com, pelo menos, três semanas de antecedência em relação à divulgação das propostas dos concorrentes. O certame foi vencido pelo Consórcio VLT Cuiabá, com uma proposta de R$ 1,47 bilhão. O mesmo assessor afirma que a negociata envolveu o pagamento de propina da ordem de R$ 80 milhões. Depois da publicação da reportagem, o governador anunciou que "mandaria apurar rigorasamente as denúncias". Já o vice-governador, Francisco Daltro, é indagado pela reportagem desde o dia 13 de agosto sobre quais foram os motivos da contratação de Rowles, que antes de ser nomeado ao cargo público representava um fundo de investimentos que doou um estudo de viabilidade do VLT de Cuiabá no valor de R$ 14 milhões ao governo estadual mato-grossense. Daltro não atende às ligações do UOL Esporte. No dia 14 de agosto, disse que responderia a essa e outras perguntas da reportagem por email, o que jamais aconteceu. No última terça-feira, o denunciante foi exonerado do governo e teria deixado Cuiabá, sem dar entrevistas. Também na terça, o governador anunciou que a Polícia Civil investigará o caso. A informação foi passada pela assessoria do mandatário, já que o governador, após os jornalistas permanecerem por quase três horas aguardando por uma entrevista, saiu pela porta dos fundos do Palácio Paiguás, sede do Executiovo estadual. De acordo com a sua assessoria, disse que Silval estava com dor de garganta, e que este seria o motivo de o governador não vir conversando com os jornalistas nos últimos dias. A investigação do governador se soma aos dois inquéritos já instaurados pelo Ministério Público de Mato Grosso e pelo Ministério Público Federa para apurar os fatos narrados pelo ex-assessor especial do governo. Para o promotor Clóvis Almeida Junior, "é preciso apurar os indícios de ilicitude que surgem desta relação promíscua de Rowles com o poder público e com a iniciativa privada".
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