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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

"Quem errar, rua" é o recado do comandante- geral da PM do Rio a policiais com desvio de conduta



O comandante da Polícia

Militar do Rio de Janeiro,

Erir Costa Filho, foi enfático

ao comentar os desvios de

conduta dos policiais

militares envolvidos no

esquema de corrupção

apontado na Operação

Purificação, deflagrada

nesta terça-feira (4) na

capital e na Baixada

Fluminense.

Segundo o comandante, os

PMs que ainda estiverem

agindo contra a instituição

“devem parar, senão vão

para a rua”. As palavras do

comandante foram

proferidas no final da

manhã, em entrevista

coletiva para explicar os

detalhes da operação no

Quartel General da Polícia

Militar, no centro da capital

fluminense.

“O policial que não for

digno de vestir a farda da

corporação será punido.

Agora acabou. Ninguém

pode ter dúvida do que

essa equipe pode fazer.

Quem errar, rua”, afirmou.

A Operação Purificação foi

desencadeada para

cumprir 83 mandados de

prisão, sendo 65 de

policiais militares e 18 de

integrantes da principal

facção do tráfico de drogas

do Estado, o Comando

Vermelho.

Até as 10h30, já haviam

sido presos 59 PMs e 11

traficantes. Os PMs –

todos lotados no 15º BPM

(Duque de Caxias) à época

do início das investigações

– recebiam propina dos

traficantes para não coibir

atividades criminosas em

13 favelas da região de

Duque de Caxias, todas sob

domínio do Comando

Vermelho.

“Arrego”

Durante as investigações

foi descoberta a conexão

entre o traficante do Mato

Grosso do Sul Samert

Basilio Soto, conhecido

como Barão, e policiais e

traficantes do Rio. Uma

conversa interceptada pela

força-tarefa revelou a

compra de um fuzil no

valor de R$ 45 mil e a

encomenda de 50 pistolas

pelos traficantes de Duque

de Caxias.  Os policiais

envolvidos no esquema

toleravam a circulação das

armas.

Segundo o Ministério

Público, o traficante Willian

da Silva, conhecido como

Pit, tinha uma linha de

telefone destinada

exclusivamente para

atender aos policiais do

esquema. Ele é braço-

direito do traficante

conhecido como Paizão,

chefe do tráfico em

comunidades de Duque de

Caxias.

De acordo com o promotor

Décio Alonso, os policiais

ligavam “incansavelmente”

para o traficante para

negociar o

“arrego” (propina). Dos 65

mandados de prisão

expedidos, as vozes de 26

PMs já foram identificadas

através de perícia nas

gravações das ligações

telefônicas.

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