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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Romário consegue 20 assinaturas para CPI da CBF no primeiro dia de requerimento



O deputado federal

Romário (PSB-RJ), que

formalizou nesta terça-feira

(4) na Câmara dos

Deputados a apresentação

de requerimento para a

abertura da CPI (Comissão

Parlamentar de Inquérito)

da CBF (Confederação

Brasileira de Futebol), havia

conseguido 20 assinaturas

no documento até o final

desta tarde. Para a CPI ser

aberta, 171 deputados

devem assinar o

requerimento.

Ele quer que a CPI

(Comissão Parlamentar de

Inquérito) da CBF

(Confederação Brasileira

de Futebol) seja instalada

no Congresso Nacional até

o início da Copa das

Confederações no Brasil,

em junho de 2013.

A primeira assinatura foi

do deputado Marçal Filho

(PMDB-MS), que presidia a

sessão legislativa desta

tarde, em Brasília, no

momento em que Romário

discursou sobre o

assunto. "Vou trabalhar

para instalar a CPI até a

abertura da Copa das

Confederações", afirmou

Romário. "Mas tenho os

pés no chão e sei como

será difícil, pois

inicialmente concorro com

outras nove CPIs que

aguardam aprovação e

instalação", disse o

deputado.

Indagado sobre a possível

atuação contrária da

Bancada da Bola - grupo

de parlamentares que

defendem os interesses da

CBF no Congresso Nacional

- Romário disse estar

tranquilo. "Não temo a

reação contrária de meus

companheiros

parlamentares. Eles fazem

o papel deles e eu faço o

meu. Quem achar que essa

proposta tem interesse

popular, com certeza

assinará o requerimento".

Apoios

Quando saiu do plenário,

Romário começou a pedir

assinaturas aos colegas

parlamentares que

encontrava pelos

movimentados corredores

do Congresso Nacional. De

alguns obteve apoio

imediato. De outros ouviu

um "deixe eu ler com mais

calma".

"Se a CPI não sair não me

sentirei perdedor. Mas o

Parlamento perderá, o

Brasil perderá, os

torcedores perderão,

infelizmente, porque é

preciso tornar

transparente a gestão de

uma entidade, a CBF, que

cuida de um patrimônio

muito importante para

todos, a Seleção

Brasileira", afirmou o

deputado.

A principal argumentação

está nas denúncias de

irregularidades envolvendo

a entidade maior do

futebol brasileiro. "Não é

de hoje que a atuação

administrativa e comercial

da CBF vem sendo alvo de

denúncias e revelações que

em nada se coadunam

com os princípios que

devem reger o Sistema

Nacional do Desporto, tais

como a moralidade

administrativa e a

transparência financeira e

administrativa", afirma

Romário na justificativa do

pedido de CPI.

"Notícias recentes,

divulgadas nos meios de

comunicação, dão conta de

que a CBF tem sido

utilizada como instrumento

para beneficiar seus

gestores e terceiros a eles

relacionados, mediante

recebimento de valores de

patrocínios que deveriam

ser aplicados na realização

de suas finalidades".

Romário também citou

artigos da Lei Pelé para

fundamentar o pedido de

CPI.

Entre as denúncias

apresentadas por Romário

está um patrocínio de R$ 7

milhões da TAM para a CBF

que estaria sendo desviado

para empresas ligadas a

laranjas de Ricardo

Teixeira. O cartola também

estaria recebendo R$ 150

mil como consultor,

mesmo depois de ter sido

substituído na CBF. A

contratação teria sido feita

pelo atual presidente, que

também aumentou o

próprio salário e o de toda

a diretoria após sua

eleição.

Vice

Outro argumento que

fundamenta o pedido de

CPI refere-se ao vice-

presidente da CBF e

presidente da FPF

(Federação Paulista de

Futebol), Marco Polo Del

Nero, que teve o nome

envolvido em uma ação da

Polícia Federal que busca

desarticular duas

organizações criminosas na

semana passada.

Romário sugere uma

varredura na gestão da

CBF, passando por salários

de seus dirigentes,

investigações de denúncias

de enriquecimento ilícito

de seus funcionários e

fraude no processo

eleitoral. O pedido também

traz à tona um assunto

polêmico: a venda dos

direitos de imagem do jogo

da Seleção Brasileira com a

de Portugal, na

inauguração do Estádio

Bezerrão, em Brasília, em

2008.

Na justificativa do pedido

da CPI da CBF Romário

argumenta que "a

organização desportiva do

país, fundada na liberdade

de associação, integra o

patrimônio cultural

brasileiro e é considerada

de elevado interesse

social".

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