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domingo, 4 de março de 2012

Putin chora e celebra vitória que 'afastou inimigos' do poder

Ainda com a apuração em andamento, confirmando a sua já esperada
esmagadora vitória, o primeiro-ministro Vladimir Putin foi às ruas de
Moscou neste domingo para, às lágrimas, celebrar seu retorno à
Presidência da Rússia. Ao lado do presidente e aliado Dimitri
Medvedev, Putin disse que a vitória histórica, que lhe permitirá ficar
mais seis anos no Kremlin, evitará que o país caia nas mãos dos
"inimigos que querem usurpar o poder".

- Eu prometi que venceria. E nós vencemos. Glória à Rússia - disse
Putin às centenas de milhares de partidários que se reuniram, apesar
do frio, a metros dos muros vermelhos do Kremlin.

A apuração na Rússia caminha em meio a denúncias de fraude por parte
da oposição. Pesquisas de boca de urna apontavam uma vitória do
primeiro-ministro com quase 60% dos votos, o que eliminaria a
necessidade de segundo turno.

O rival mais próximo de Putin, o líder do Partido Comunista, Gennady
Zyuganov, ficaria abaixo de 20% em ambas as pesquisas. Zyuganov disse
que seu partido não reconheceria os resultados oficiais da eleição,
chamando-a de "ilegítima, desonesta e não transparente".

Putin descartou rapidamente as acusações de fraude, que serão
repetidas pela oposição em protestos que começam na segunda-feira.

- Esta é a eleição mais limpa em toda a história da Rússia - disse o
chefe da campanha de Putin, Stanislav Govorukhin. - As violações que
nossos rivais e os opositores do presidente falarão agora são
risíveis.

Os resultados oficiais da maior parte dos colégios eleitorais são
esperados para segunda-feira.

Espera-se também que Putin retorne ao Kremlin com duros discursos de
luta contra o Ocidente, uma marca registrada de seu primeiro mandato
como presidente e nas campanhas eleitorais.

Economistas dizem que o principal teste da volta de Putin ao governo
seria ver o quão longe ele estaria disposto a ir para reformar uma
economia extremamente dependente em exportação de energia.

Os opositores do candidato eleito disseram que a votação em muitas
partes do vasto país foram envieasadas para seu favor e juraram
continuar com os maiores protestos vistos desde que ele chegou ao
poder, há 12 anos.

- Nós não consideramos estas eleições legítimas - disse um dos líderes
dos protestos de oposição, Vladimir Ryzhkov, que planeja um novo
comício contra Putin em Moscou na segunda-feira.

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