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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

"Tintim", Di Caprio e Fassbender integram "os esquecidos" do Oscar 2012

Com uma única indicação ao Oscar deste ano, a animação "As Aventuras
de Tintim" é um dos grandes nomes esquecidos pela Academia de
Hollywood nesta edição do prêmio, mas não o único. Leonardo Di Caprio,
Michael Fassbender e Clint Eastwood também pertencem ao clube.

A cada edição do Oscar, alguns trabalhos notáveis são deixados de lado
ou não tão valorizados quanto deveriam. Dessa vez não podia ser
diferente. Embora haja espaço para todos os gostos, sempre há casos
incontestáveis de trabalhos que mereciam estar na lista de indicados,
mas que ficaram de fora.

O destaque deste ano é a adaptação para as telonas das aventuras de um
dos personagens de história em quadrinhos mais conhecidos, nada menos
que o jornalista e detetive belga Tintim, levado ao cinema por Steven
Spielberg.

A produção representou um sonho realizado para o diretor de "E.T. - O
Extraterrestre", que dispôs de meios técnicos avançados para conseguir
um enorme realismo, através do sistema de "motion capture" - captura
de movimento -, que consiste em rodar o filme com atores reais e
depois digitalizar as imagens captadas.

Mas nem a fidelidade ao texto, o preciosismo das cenas e os mais de
US$ 370 milhões arrecadados convenceram a Academia de Hollywood, que
só nomeou o trabalho de John Williams para concorrer à estatueta de
Melhor Trilha Sonora.

O filme nem sequer disputará o prêmio de Melhor Animação, para o qual
foram indicados trabalhos muito menores, como o francês "Um Gato em
Paris" e o espanhol "Chico & Rita".

Spielberg não será a única ausência notável desta edição. Clint
Eastwood, com "J.Edgar", filme sobre o todo-poderoso John Edgar Hoover
- protagonizado por Leonardo Di Caprio - também ficou de fora do
Oscar.

Mas Eastwood já deve estar acostumado a esta situação, já que, depois
de dois prêmios de Melhor Diretor e dois de Melhor Filme (por "Os
Imperdoáveis" e "Menina de Ouro"), além de outras 10 indicações, o
ator e diretor não recebe candidaturas ao prêmio desde 2006.

"A Troca" (2008), "Gran Torino" (2008), "Invictus" (2009) e "Além da
Vida" (2010) passaram tão despercebidos quanto "J.Edgar", em que nem
sequer a excelente interpretação de Di Caprio conseguiu
reconhecimento.

O ator não conseguiu entrar na lista de cinco indicados, para a qual
foram selecionados George Clooney, Brad Pitt, Jean Dujardin, Gary
Oldman e o mexicano Demian Bichir, que, segundo os críticos de cinema,
foi quem arrebatou o lugar de Di Caprio.

O mesmo poderia ser dito sobre Michael Fassbender, a quem todos davam
como certo na lista por seus papéis em "Um Método Perigoso", de David
Cronenberg, e sobretudo em "Shame", de Steve McQueen, que rendeu ao
ator a Copa Volpi do Festival de Veneza e é outro dos que poderiam
estar com toda justiça entre os indicados a Melhor Direção.

Não menos adequada teria sido a indicação de Ryan Gosling, que também
realizou duas interpretações dignas de lembrança, em "Drive", de
Nicolas Winding Refn, e em "Tudo Pelo Poder", de George Clooney.

É preciso acrescentar no lado masculino a ausência de Albert Brooks,
por sua impressionante atuação de um mafioso sem escrúpulos em
"Drive", enquanto nas categorias femininas as mais sentidas são de
Tilda Swinton, por seu papel "Precisamos Falar Sobre o Kevin", e a
Shailene Woodley, que acompanha George Clooney em "Os Descendentes".

O documentário "Senna", de Asif Kapadia; o trabalho de David Fincher
como diretor por "Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres";
e a atuação do sempre intenso Michael Shannon em "O Abrigo" são outros
dos que tinham porte para estar entre os finalistas.

O mesmo se pode dizer das músicas de Madonna para "W.E. - O Romance do
Século", Sinéad O'Connor para "Albert Nobbs", Mary J. Blige para
"Histórias Cruzadas", e Elton John para "Gnomeu e Julieta", na
categoria que terá apenas dois concorrentes: Carlinhos Brown e Sergio
Mendes por "Real in Rio", do filme "Rio"; e Bret McKenzie, por "Man or
Muppet", de "Os Muppets".

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