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sábado, 4 de fevereiro de 2012

Sob irritação argentina, príncipe William inicia missão nas Malvinas

O príncipe William iniciou sua missão como piloto de helicóptero nas
Malvinas, informou neste sábado o ministério britânico da Defesa em
comunicado. A operação tem provocado irritação nas autoridades
argentinas.

"O tenente Wales (seu nome oficial como militar) começou sua missão
como piloto de busca e resgate na RAF (Royal Air Force, força aérea
britânica) nas ilhas Falkand com operações de SAR (busca e resgate)
para a população civil e militar", informou o ministério. O piloto de
29 anos, segundo na linha de sucessão ao trono britânico, foi enviado
às ilhas do Atlântico Sul como parte de um exercício de rotina da RAF.

Filho mais velho do herdeiro da coroa britânica, o príncipe Charles de
Gales, William chegou na quinta-feira ao arquipélago. A missão de seis
semanas nas ilhas Falkland, como as chamam os britânicos, irritou as
autoridades argentinas, para as quais o arquipélago é território
argentino ocupado.

O ministro de Defesa argentino, Arturo Puricelli, qualificou neste
sábado de "ostentação desnecessária de poder de fogo" a intenção da
Grã-Bretanha de mobilizar um submarino nuclear às Ilhas Malvinas. "Me
parece uma ostentação desnecessária de poder de fogo. Poderíamos dizer
a eles que poderiam ter economizado milhares de libras (não enviando o
navio)", afirmou Puricelli.

O governo britânico tem em mente enviar um destróier para as Ilhas
Malvinas na mesma época em que William realiza o que as autoridades
denominam de uma ação de "rotina" para um piloto das forças aéreas. O
ministro argentino Puricelli disse que, se a tripulação que acompanhou
o príncipe William tivesse tido algum problema, "a Marinha argentina
teria auxiliado".

O titular da pasta da Defesa afirmou que a intenção da Casa Rosada é
"retirar todo conteúdo bélico" da disputa pela soberania sobre as
ilhas. "Eles (Reino Unido) querem militarizar o Atlântico sul. Nós
dissemos que a Argentina e a América do Sul não querem militarizá-lo,
não queremos que se contamine; queremos que o litoral marítimo do
Atlântico Sul seja cuidado e protegido pela Armada Argentina", disse.

Puricelli declarou, além disso, que não resta "a menor dúvida" que a
Argentina recuperará as ilhas Malvinas antes do fim do século, levando
em conta o acompanhamento da comunidade internacional. "A ocupação por
parte do Reino Unido das ilhas Malvinas é sustentada pela força.
Começou com um navio de guerra que desalojou autoridades e a população
argentina das ilhas Malvinas em 1833", explicou Puricelli.

Em 2 de abril próximo completam-se 30 anos do conflito de 74 dias
entre a Argentina e o Reino Unido, que custou a vida de 255 britânicos
e 649 argentinos e terminou em 14 de junho do mesmo ano, com a
rendição das tropas do país sul-americano, na época chefiado por uma
ditadura militar. O chanceler argentino Héctor Timerman receberá este
domingo na Venezuela o respaldo de países integrantes da Aliança
Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) a alegação de
soberania sobre as ilhas Malvinas.

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