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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

4 tecnologias que conectarão seus miolos ao computador Capturar imagens de sonhos e transformar ondas cerebrais em voz sintetizada são apenas alguns exemplos do que a ciência pode oferecer em um futuro próximo.

Conectar o cérebro a computadores e dispositivos eletrônicos é uma
ideia tentadora. Muita gente reclama, por exemplo, de ter que
interromper o chat no MSN para dar atenção a outros aspectos
essenciais da vida, com alimentação e higiene pessoal. Um dia, quem
sabe, essas pessoas não precisarão se desconectar nunca: trocarão
mensagens pela internet usando apenas o pensamento.

Se depender da ficção, ideia é o que não falta. Um dos exemplos mais
famosos, certamente, é o do filme "Matrix". Nele, seres humanos são
literalmente plugados à realidade virtual, por meio de conectores
"instalados" na coluna vertebral de cada pessoa. E por mais incrível
que pareça, algo semelhante tem sido desenvolvido por cientistas e
engenheiros do mundo todo.

As implicações, obviamente, são as melhores possíveis. Entre as portas
que se abrem com essa pesquisa, está a possibilidade de oferecer uma
forma de comunicação ou mobilização para pessoas que perderam suas
funções motoras devido a acidentes ou doenças. E para começar a lista
de experiências em andamento, nada como o caso de uma pessoa famosa e
muito bem quista pela comunidade científica.
1. Comunicação por ondas cerebrais

Máquina poderá converter pensamentos de Hawking em palavras sintetizadas .

O professor e cosmólogo Stephen Hawking é uma das figuras científicas
mais famosas do mundo, tendo aparecido até mesmo em episódios de
famosas séries de TV, com Os Simpsons, Futurama e Jornada nas
Estrelas. Em todas essas participações, uma característica se
sobressai: a voz computadorizada usada por Hawking para se comunicar.

Vítima de esclerose lateral amiotrófica, Hawking está quase
completamente paralisado. Por enquanto, a comunicação é mantida por
meio de um sistema que aceita os movimentos da bochecha e dos olhos do
físico teórico. Entretanto, a situação de Hawking piorou um bocado nos
últimos anos e, para evitar que o mundo perca uma das mentes mais
brilhantes que já surgiram, pesquisadores têm tentado encontrar uma
nova solução de comunicação para o cientista.


Uma das possibilidades consideradas é a leitura de ondas cerebrais,
que seria capaz de traduzir o pensamento de Hawking em palavras. Isso
seria como operar um computador telecineticamente — ou seja, com o
"poder da mente" — e, de certa forma, essa técnica já foi desenvolvida
por pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos.

Por meio de 16 eletrodos implantados no cérebro de um paciente
epilético que teve parte de seu crânio removido em um tratamento,
cientistas conseguiram monitorar as áreas do órgão relacionadas à
linguagem e decifrar os padrões cerebrais para 10 palavras básicas:
sim, não, quente, frio, fome, sede, oi, tchau, mais e menos.

Ao repetir as palavras, o computador foi capaz de identificá-las de
76% a 90% das vezes. Podemos dizer que, de maneira rudimentar, a
máquina leu o pensamento do paciente. Se tudo der certo, Siri, Vlingo
e outros sistemas de comandos por voz serão aposentados no futuro.
2. Macacos tocam objetos virtuais


As descobertas de Miguel Nicolelis já foram tema de artigo no
Tecmundo, mas não podemos deixar de inseri-las nesta lista. O
neurologista brasileiro lidera uma equipe de pesquisa na Universidade
de Duke, nos Estados Unidos, que foi responsável por grandes
descobertas.

Para começar, esses pesquisadores conseguiram decifrar as pequenas
descargas elétricas que acontecem em nosso cérebro e usar o órgão como
uma espécie de interpretador de comandos. Além de possibilitar que
macacos controlassem braços mecânicos com os seus cérebros, o que pode
ser comparado com a ação de download, Nicolelis e seus colegas também
conseguiram o contrários: enviar descargas elétricas que possam ser
entendidas pelo órgão.

Dessa forma, o cientista brasileiro conseguiu fazer com que um macaco
operasse um braço computadorizado, sendo capaz de movê-lo sobre
objetos de um mundo virtual. Por si só, isso já seria o bastante, não
fosse o fato de que a cobaia pudesse também sentir a textura desses
objetos: um comando enviado para o cérebro do animal criava a sensação
de tato.


Em outro experimento, os cientistas foram um pouco mais audaciosos. O
padrão cerebral de uma macaca localizada nos Estados Unidos e que
caminhava sobre uma esteira foi capaz de movimentar um robô no Japão,
por meio da internet. Um fato ainda mais curioso aconteceu: as ondas
cerebrais viajaram mais rapidamente pela grande rede de computadores
do que pelo corpo da macaca. Em outras palavras, o pensamento do símio
movia mais rapidamente o robô do outro lado do mundo do que as
próprias pernas.

Com essas pesquisas, Nicolelis espera construir uma espécie de veste
especial para pessoas com paralisia. Se der tudo certo, a primeira
demonstração dessa roupa deve ser apresentada durante a abertura
oficial da Copa do Mundo no Brasil, em 2014. Nós, obviamente, torcemos
para que isso aconteça de fato.
3. Máquina de capturar sonhos

Imagine poder visualizar o pensamento de alguém. Essa é a proposta dos
Laboratórios de Neurociência Computacional ATR, do Japão. Por meio de
uma técnica que envolve o uso de máquinas de ressonância magnética
para mapear o fluxo do sangue dentro do cérebro, cientistas
conseguiram visualizar imagens de dados (pensamentos) capturados em
tempo real.


Teoricamente, esse método pode ser usado para capturar representações
gráficas dos sonhos de alguém, enquanto a pessoa dorme. Além disso,
pesquisadores da Universidade da Califórnia aplicaram uma técnica
semelhante para capturar imagens de dados em movimentos. O vídeo acima
mostra, em paralelo, a imagem observada e a que foi captada durante o
experimento.
4. Cérebros ciborgues contra o Mal de Parkinson

Técnica experimentada em ratos pode vir a ajudar humanos no futuro .
De modo geral, podemos substituir componentes danificados de
computadores para que a máquina volte a funcionar corretamente. Agora,
cientistas israelenses pretendem fazer com que o cérebro humano também
possa ser "consertado". E, de acordo com as experiências realizadas em
ratos, a técnica parece funcionar.

O estudo consiste em danificar determinadas áreas do cérebro do roedor
responsáveis por movimentos muito específicos, como piscar os olhos.
Depois, os pesquisadores implantam, nas cobaias, eletrodos capazes de
reproduzir o mesmo estímulo nervoso. Assim, ao realizar uma rotina de
testes com o rato, os cientistas são capazes de constatar a eficácia
do "conserto".

No futuro, essa mesma técnica poderia ser aplicada em humanos para
reduzir ou até mesmo eliminar os efeitos causados por derrames e pelo
Mal de Parkinson. Se depender de pesquisas como essas, a tarefa não
parece assim tão impossível de ser realizada.

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