Não vai nada bem a performance de
"Balacobaco", a nova novela da Record,
grande aposta da emissora após o
fiasco de "Máscaras". A novela de
Gisele Joras chegou a marcar apenas
5,1 pontos de média esta semana,
enquanto que a anterior, de Lauro
Cesar Muniz, dava 5,9 pontos, Cada
ponto vale por 60 mil residências
sintonizadas na Grande São Paulo. Em
um capítulo, já chegou a marcar 1,5
ponto por alguns minutos.
A Record acreditava que o fracasso de
"Máscaras" se deveu ao texto confuso
e complexo, bem como ao excesso de
personagens. Em "Balacobaco", a ideia
era uma historinha leve, cômica,
digamos que na linha de "Cheias de
Charme" (Globo). O problema talvez
seja esse: a Record está querendo
fazer sempre alguma coisa "na linha
isso ou aquilo da Globo", em vez de
desenvolver personalidade própria,
tanto na área de shows como na
dramaturgia. O resultado é esse: pífio.
NÃO TENHAM DÚVIDAS...
... de que, se "Balacobaco" não
engrenar em um mês, a direção da
Record fará com ela o mesmo que fez
com "Máscaras": "a primeira faz tchan,
a segunda faz tchun" e fim da trama.
VAI MAL TAMBÉM...
Outra aposta da emissora de Edir
Macedo era o vespertino de variedades
"Programa da Tarde". Além de o
próprio nome da atração já
demonstrar a incrível, incomparável e
sofisticada capacidade de inovação da
emissora ao batizar programas, o
conteúdo também não tem agradado
ao telespectador. Não raro rende só
três pontos de média no ibope, e já
chegou a registrar 0,8 no minuto a
minuto. Mais um pouco e começam a
sofrer concorrência do "Muito +" de
Galisteu, na Band, e aí seria mesmo o
fim do mundo mesmo.
PROBLEMA EXTRA
O fato é que a produção do "Programa
da Tarde" é quase dez vezes maior que
a do "Muito +". São mais de 40
profissionais e verbas muito, digamos,
liberais para viagens e execução (sic)
de matérias.
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